quinta-feira, 29 de abril de 2010

sábado, 20 de junho de 2009

Em junho a Cia Eclipse comemora seus 4 anos de existência. Para isso recorreu a uma confraternização em forma de festa - claro que bem mais comportada que nas épocas dos ritos sagrados destinados a Dionísio na Grécia - e também em forma de arte apresentando seu repertório de peças. São iniciativas importantes tendo em vista que, quando esses movimentos isolados acontecem, dão novos ânimos para os grupos envolvidos, instigam outros a se mexer não somente nas suas montagens esporádicas e criam - por que não? - público para essa comemoração. Uma programação ousada tendo em vista que seus espetáculos se apresentarão em sequência no Teatro Armando de Ré em Suzano - SP no dia 20 de junho com um intervalo bem pequeno entre uma e outra peça. Mas acredito que seja assim mesmo. A ousadia deve ser a marca de qualquer grupo de teatro, independente de suas pernas ou maturidade até porque nunca sabemos até quando nossos grupos continuarão nessa saga e acho que seja essa pretensão de fazer as coisas legais e "com tudo" que ajude a eles próprios pensarem no teatro que fazem. De minha parte, torço pelos companheiros da Cia Eclipse que, mesmo "chegando agora" no que refere a sua maturidade artística e até mesmo de idade, já se mostram com muita vontade pra continuar nessa batalha porque sempre estão ligados no que acontece por suas próprias iniciativas e procuram se superar sem medo de ser feliz. Parabéns e que estejamos juntos nessa luta que se iniciou em tempos imemoriais e que, da maneira mais digna possível, tentamos continuar.
Fernandes Juniordiretor do Teatro da Neura
Abaixo a programação de aniversário da Cia Eclipse
16h - Workshop de Iniciação ao Teatro
18h - Espetáculo Primeira Página de Gel Marcondes
19h15 - Espetáculo Súbito - todos contra nós de Pedro Henrique
20h15 - Espetáculo Visitantes - A Série de Pedro Henrique / Episódio Piloto de Pedro Henrique e Gel Marcondes
21h - Bate papo Quatro Anos de História - elenco atual e convidados de outras formações: Adriana Reolon, Angélica Damico, Álvaro Dantas e Letícia dos Santos
21h30 - Leitura Dramática NOX - o vidro vê mais que seus olhos de Pedro Henrique Local: Teatro Municipal Dr. Armando de RéRua General Francisco Glicério, 1354 - Centro de SuzanoData: 20 de junho de 2009Ingresso: 1 real ou 1 kilo de alimento não perecível.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Carta aberta dos trabalhadores de cultura aos trabalhadores do Brasil

Nós, trabalhadores de teatro conjugados no Movimento 27 de Março, buscamos, por meio desta carta-manifesto, o apoio de todos trabalhadores na luta por um novo modelo de política cultural. A Sociedade tem de se ver na produção cultural de seu País, a cultura não é mercadoria. Não geramos lucro. A forma mercadoria não é capaz de manter viva a cultura de um povo. As manifestações diversas do nosso fazer musical, literário, cinematográfico, cênico, pictórico, etc são esmagadas e condenadas ao desaparecimento por não se enquadrar ao mercado. O mercado não deve ditar o que merece vida. Nós todos, o povo trabalhador, determinamos a dimensão de nossas representações e a nossa riqueza plural e muitas vezes indigesta ao paladar do deus mercado. As leis que determinam o fazer cultural hoje são baseadas em renúncia fiscal, funcionam a partir dos impostos que as empresas devem para o Estado, ao invés do Estado arrecadar esse dinheiro público para financiar atividades culturais, ele deixa a critério das empresas o investimento em cultura. Por esse mecanismo, o uso dessa verba pública fica a cargo de gerentes de marketing das respectivas corporações, eles que tem como principal interesse o lucro das corporações determinam o que é cultura com o nosso dinheiro, ou seja, por suas distorções podemos considerar as leis de renúncia fiscal como apropriação indébita dos recursos públicos. Bancos que constroem teatros privados com recursos da Rouanet, (Teatro Alpha), injetam dinheiro em seus institutos (Itaú Cultural), ou investem (como o Bradesco) milhões de reais em espetáculos como o do Circo de Soleil, que arrecada, com ingressos caríssimos. Como o Estado deseja de fato incentivar a cultura e o acesso democrático a ela no Brasil sendo refém de um mecanismo como este? Propomos um fundo público para a arrecadação destes impostos. Exigimos uma política pública para a cultura com vários programas que dêem conta a diversidade da produção cultural brasileira, com recursos orçamentários próprios e regras democráticas, estabelecidas em lei como política de Estado. Somente assim o poder executivo poderá assegurar ao povo o acesso à cultura como direito básico do cidadão, tão importante quanto o transporte, a saúde, a educação ou o saneamento básico. O financiamento direto do Estado possibilita uma enorme ampliação do número de trabalhadores da cultura, e dá condições à continuidade de pesquisas importantes para o desenvolvimento de linguagens artísticas, democratiza o acesso pela distribuição geográfica e pelo valor do ingresso, aumenta a quantidade e a variedade de espetáculos. Para isso, é preciso que todos os trabalhadores de todos os setores do país tomem consciência da importância desta luta pela democratização da cultura. Esta carta-manifesto é o primeiro passo neste caminho.

terça-feira, 21 de abril de 2009

O Neurofobia 2009

Este ano o Neurofobia propõe um avanço no pensamento sobre os últimos acontecimentos no teatro.
Suzano recebe várias produções artísticas graças a sua nova política cultural que acontece desde 2005.
Agora, depois de mais de 100 produções visitantes, a classe está querendo saber das suas próprias produções, das suas próprias pesquisas ou, em palavras mais acolhedoras, quer brincar esse jogo também e se divertir junto.
Não estamos longe. Faltam algum detalhes para tornar os grupos teatrais da cidade em referência pra região e pro Estado.
Falta agora um pensamento político de continuidade para as políticas culturais.
O último Panetone Cênico ocorrido em 18 e 19 de abril de 2009 no Teatro Municipal Dr. Armando de Ré mostrou que temos grupos comprometidos com o pensamento, pesquisa e o fazer artístico além do mercado, longe do que a indústria cultural impõe diariamente para os "consumidores" de cultura nesse país.
Chegou a hora de avançar.
E avançaremos.
Fernandes Jr.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

NEUROFOBIA - Agenda

de 01 a 03 de maio
01 de maio
Leitura Dramática de Antígona, de Sófocles. 20h
Boca de Cena - Bate Papo
02 de maio
O Teatro como instrumento social
Iná Camargo Costa. 19h
03 de maio
Lei de fomento X Lei de incentivo
Marco Antônio Rodrigues. 19h
Local: Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi
Rua Benjamin Constant, 682 - Centro - Suzano
Evento Gratuito!
Informações
(11) 8584-7297

O teatro como instrumento social


Professora e membro do Conselho Artistico do Folias D'arte.

Lei de Fomento X Lei de Incentivo

Dia 03 de maio,
Marco Antonio Rodrigues, diretor do Grupo Folias D'arte fará um bate papo sobre o tema às 20h.